terça-feira, 28 de abril de 2009

Pérolas...

O Cardeal de Lisboa, em entrevista, disse que a Igreja Católica corria o risco de deixar de ser dominante, em termos de crentes, na sociedade portuguesa.
O "lapalicianismo" da frase terá algo a ver com o apoio à posição irresponsável tomada pelo Papa na sua deslocação ao continente africano, defendendo não ser o preservativo um mecanismo necessário de combate ao vírus HIV, apenas a abstinência?
Ou será por causa das suas próprias declarações, dizendo que o preservativo não é um "método eficaz"?
Os acidentes acontecem...
Cala-te boca...

1 comentário:

  1. Por vezes critica-se a TVI, mas quando dá gozo, é grande a tentação...
    Como é óbvio as declarações devem ser contextualizadas!

    Quanto ao facto da Igreja Católica correr o risco de deixar de ser dominante, qual é o problema?
    Eu prefiro a Académica ao Benfica! Qual é o problema?
    Felizmente a Igreja Católica está cada vez mais virada para quem quer e para quem quer ser como deve ser dentro dessa Igreja. Ou seja, católicos não praticantes é coisa que não existe; ser católico não é fácil e não é para o ser.
    É a minha opinião, obviamente!Sobre as declarações do Papa Bento XVI em África sobre a utilização do preservativo, a contextualização é ainda mais necessária.
    O Papa visitou vários centros de combate à SIDA (que são na sua maioria ligados à Igreja Católica) e encorajou a continuação do seu trabalho, mesmo sabendo que fazem distribuição dos referidos preservativos.
    Desde que tomou posse, este papa nunca tinha condenado a sua utilização, mesmo sendo pública a opinião do Vaticano sobre o assunto. E esta opinião é que, muitas vezes, não é bem passada.
    A Igreja Católica, no seu jornal (L’Osservatore Romano), já publicou a sua opinião oficial: ABC (Abstinence, Be faithful and Condoms)...
    Ou seja, menores de idade ou pessoas não preparadas para ter relações sexuais (claro que contém as relações sem amor) devem abster-se de as ter, fidelidade conjugal aos sexualmente activos e preservativos como último recurso.
    A mim parece-me óbvio que o incentivo às relações sexuais irresponsáveis só pode agravar o problema das doenças sexualmente transmissíveis.
    O melhor exemplo é o de um anúncio que passou na televisão portuguesa há uns anos atrás. Penso que era da Abraço (entre outros objectivos, serve para prevenir infecções da SIDA) e tinha um colchão de molas a fazer barulho ritmado. Lembras-te? Depois dizia qualquer coisa do tipo "faz a toda a hora, mas usa preservativo".
    Não podemos tolerar um incentivo à irresponsabilidade, não podemos!Não será necessário mudar mentalidades, consciências, sentidos de vida?
    Se calhar não, mas...

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