"Dar sangue é segurar vidas", lê-se no sítio da Internet do Instituto Português do Sangue.
Mas depende de quem dá...
As recentes declarações do responsável máximo deste organismo, Gabriel Olim, mais do que precárias do ponto de vista médico, são atentatórias da dignidade humana: "Se a pessoa estiver anémica, a tomar medicamentos ou se for heterossexual e tiver tido um novo parceiro nos últimos seis meses, também não vamos aceitar esse sangue",; e acrescenta "nada ter contra os homossexuais".
Henrique Barros, Coordenador Nacional para a Infecção VIH/SIDA, defende que deixaram de existir grupos de risco, rejeitando que os homossexuais tenham uma taxa de VIH superior aos heterossexuais.
Aliás, acrescento, se existe "grupo de risco" que maior esforço levou a cabo no sentido de reduzir a incidência do vírus foi, precisamente, das/dos homossexuais.
Esta senha persecutória à população homossexual é alarmante: estigmatizada ao máximo, nem sequer lhes é dada a liberdade de poderem dar um pouco de si para salvaram outros; mesmo que, chegando a um extremo, não tenham quaisquer contactos sexuais, há 6 meses ou mais...
A que ponto chegaremos? Um teste de polígrafo para verificar se alguém que se declara heterossexual o é na verdade?
Mais um ponto demonstrativo do atraso sociológico no qual vivemos...
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