Os Jogos Olímpicos sempre marcaram uma época de união entre povos, permitindo mesmo, num acordo tácito entre chefes de estado e chefias militares, suspender conflitos e acções armadas.
Terminou!
Vladimir Putin, ex-presidente da Federação Russa, agora primeiro-ministro, encontrava-se em Pequim, na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2008, sorridente e deliciado; enquanto as tropas russas iniciavam um bombardeamento massivo, atingindo alvos civis, na luta por um território que dá pelo nome de Ossétia, disputado com a Geórgia, ex-república soviética.
Ainda se mantêm as acções militares, não obstante o apelo ao cessar-fogo; apesar de ter sido anunciado o início de negociações para a abertura de corredores de emergência, permitindo o socorro de civis e o acesso destes a comida e água potável, tropas russas bombardearam mesmo o aeroporto da capital da Geórgia, desactivando alguns radares.
Discipulos de Kyssinger, alegrai-vos: este é um óptimo case-study de real-geopolitic! Logo os responsáveis ucranianos anunciaram a intenção de barrar o acesso dos vasos de guerra russos a águas ucranianas, impedindo-os assim de levarem a cabo um bloqueio naval do território invadido. Os Estados Unidos da América, públicos defensores do estado da Geórgia, exigiram imediato cessar-fogo.
E milhares de deslocados e centenas de mortos valem pouco...
Sem comentários:
Enviar um comentário