Não é risível, muito pelo contrário: o apelo lançado por Paulo Portas, apostado em repetir a História - lembremo-nos do repto lançado no famoso Congresso de Braga do CDS quando pediu a Manuel Monteiro para se afastar - é mais do que apenas uma 1ª página: é a tentativa desesperada de alguém marcar a agenda política, vendo o seu partido ser encostado às cordas por um PSD ultra-liberal, nos costumes e na acção política, procurando alcorar-se nesse pseudo crescimento vertiginoso de intenções de voto e mais um degrau na escalada demagógica que se vive na vida partidária portuguesa.
BE e PCP a votarem ao lado do PSD, até para impedir a aprovação anti-oligopolista no domínio das inspecções automóveis é, mais do que contranatura, o retrato fiel do que Portugal é hoje: a aposta no lodo, no profetismo da catástrofe.
Até os indicadores económicos de entidades independentes, que revelam taxas de crescimento económico crescentes, são esquecidas. Até existem 1ªs páginas de jornais diários que, incorrendo em erro, são aproveitadas: criticar o PS por deixar sem pão as crianças dos ATL's é demais, mas foi feito por um deputada do PSD! Esqueceu-se, decerto, de aplaudir a contenção de despesas, evitando o duplo pagamento das mesmas refeições a escolas e ATL's...
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