domingo, 28 de fevereiro de 2010

Assembleia Municipal

Dia 26 de Fevereiro decorreu mais uma Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Anadia, com alguns temas que, não obstante a sua importância para a vida diária dos munícipes, contou com pouco público - com o início marcado para as 14h30 mostra-se muito complicado que os munícipes estejam presentes, como alguns pretendem mas profissionalmente lhes não é possível...
Pelo grupo parlamentar do PS, na pessoa de Cardoso Leal, foi proposta a criação de uma comissão para rever o Regulamento da Assembleia Municipal de Anadia, unanimemente aceite - espera-se que seja agora que as limitações temporais às intervenções das diversas bancadas sejam sobremaneira eximidas!
Ainda no período de antes da ordem do dia o deputado do CDS João Tiago Castelo BRanco questionou o Presidente da Câmara acerca do estado da água do Amieiro, invocando estar a mesma imprópria para consumo, bem como da escorrência do esgoto da Zona Industrial da Amoreira da Gândara para zona REN; entre alguns mimos àquele deputado, Litério Marques ainda brindou o CDS, atribuindo a Sidónio Simões a paternidade da ZI da Amoreira, por a ter desenhado.
O Presidente da Junta de Freguesia de Ancas questionou Litério Marques relativamente ao estado da Urbanização Quinta do Rangel, dando conta das limitações do PDM para aquela freguesia, dizendo estarem 10% das casas fora do perímetro do PDM; pelo Presidente da Câmara foi respondido ter-se a Câmara deparado com algumas dificuldades no levantamento da servidão de gás existente em benefício da Lusitânia Gás, mas que o pagamento estava para breve, bem como a elaboração do respectivo regulamento de venda e que ainda em 2010 iriam vender lotes de terreno.
Litério Marques informou que o PDM estava "solto", tendo no mesmo dia decorrido uma reunião com a CCDR de Coimbra, que já foi dada resposta positiva a duas candidaturas ao Fundo Social e, a pergunta do deputado da CDU, que a Câmara Municipal de Anadia iria tapar os buracos clandestinos existentes na ZI do Paraimo caso os mesmos fiquem cheios de água.
Foi pelo CDS-PP proposta a criação de uma comissão para auditorar as ETAr's do munícipio, tendo sido a mesma rejeitada pelos deputados e presidentes de junta de freguesia do PSD, contando com as abstenções do PS e CDU.
Foi informado pelo Presidente da Assembleia Municipal que a Câmara havia já enviado aos diversos grupos parlamentares pedidos de indicação de membros para o COnselho Municipal da Juventude, estando o processo em curso - mais de um ano contado da aprovação do diploma que legalmente os instituíu!
O tema de maior debate foi relacionado com a passagem da rede de alta velocidade ferroviária, TGV, pelo município de Anadia.
Por Litério Marques foi dito que a Câmara de Anadia enviou para as Juntas de Fregusia e teve disponível para consulta nos Paços do Concelho, nos serviços técnicos, os estudos existentes, tendo reunido com aquelas e com os proprietários dos prédios afectados e demais interessados, como a Confraria dos Enófilos e a Comissão Vitivinícola. O documento elaborado pela Câmara Municipal de Anadia apresenta uma conclusão coincidnete com o parecer técnico.
A pergunta do deputado do PS Rui Marinha sobre se a proposta da CMA tem sustentação técnica, se é baseada em algtum estudo, sobretudo dada a situação de híbrido entre a Porposta de corredor 4 e 5, Litério Marques respondeu que não tem qualquer estudo rigoroso pois nem sequer o parecer da CMA é vinculativo (mas tem por objectivo, por exemplo, proteger a Quinta do Encontro de "ir embora" e a Lagoa de Ancas), a CMA não tem meios técnicos e não huve tempo para tanto - todavia, um grupo de cidadãos da Freguesia de Tamengos tomou em mãos uma função que, primordialmente, competia à CMA...
O Presidente da Junta de Freguesia de Ancas referiu que a infra-estrutura não trazia vantagens à população local, sendo o traçado 4 o mais prejudicial para a sua Freguesia, defendendo a opção híbrida da Câmara (alternativa mista 4/5). O Presidente da Junta de Freguesia de Óis do bairro defendeu o traçado 4, visto que o 5 passaria "a meio de Óis".
O CDS-PP mostrou a sua oposição ao projecto da rede de alta velocidade, destacando que apenas terminado o período de consulta pública é que a CMA deu conhecimento da sua proposta. O deputado da CDU, João Morais, lembrou Litério Marques que sempre dissera que o projecto do TGV não seria uma realidade, não fora um "Zandiga", nada fazendo a CMA mesmo tendo o projecto em mãos há dois anos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Será isto uma forma de pressão de um antigo primeiro-ministro?

Questionado sobre se via o telejornal de sexta-feira da TVI, no qual Manuela Moura Guedes, antiga deputada do CDS-PP, portadora assumida de um ódio visceral a José Sócrates e autoproclamada defensora da liberdade de expressão (versão self made), responde Santana Lopes:
"Acho que aquilo não era jornalismo nem forma de tratar um Primeiro-Ministro".
Será que Santana Lopes, com estas palavras, exerce uma pressão ilegítima, condicionadora da liberdade de expressão, pondo em causa o Estado de Direito Democrático?

Porque não se revela este dado?

Portugal apresenta a terceira menor taxa de inflação da Zona Euro.

Zombaria da cripta...

Manuela Ferreira Leite, para não sair de cena sem fazer barulho, apresenta-nos uma pérola de sabedoria; pena que a não tivesse aproveitado enquanto foi ministra das Finanças, com os resultados que, infelizmente, se conhecem e ainda hoje pagamos: Portugal está numa situação idêntica ou pior que a Grécia por causa da acção do Governo....
Ou estaria a utilizar a mesma ironia que mobilizou aquando da proposta de suspensão da Democracia por 6 meses?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quem disse que a moralidade regressou aos mercados financeiros?

Os executivos das sociedades cotadas em Wall Street viram, no passado ano, serem-lhes atribuídos 20,3 mil milhões de dólares americanos (não é gralha, leu bem), aumentando cerca de 17% face ao ano anterior.
Correspondem tais bónus a pouco menos de metade dos lucros obtidos...
Sim, os mercados aprenderam bem a lição com a crise...

José Afonso

Há 23 anos José Afonso faleceu. Mais do que um nome incontornável da música portuguesa, desde o Fado de Coimbra (para os puristas, Canção de Coimbra ou Toada Coimbrã) até à "música de intervenção", José Afonso foi dos poucos artistas portugueses que nunca cairam no esquecimento, não obstante décadas terem passado de sua morte.
Importante no seu percurso foi a intervenção cívica que fez: mais do que a melodia, as letras de suas músicas eram autênticos hinos de liberdade, troando os anseios de muitos e que poucos conseguiam verbalizar.
Foi a voz de um povo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ópera bufa

Primeiro porque José Sócrates não fala, depois porque não diz o que os outros querem.
Primeiro porque existem indícios identificados por um magistrado intermédio do Ministério Público, depois porque inexistem quaisquer sinais de acordo com o elevado parecer do Procurador-Geral da República, que parece que deveria estar em silêncio, porque não tem direito a pugnar pela Verdade.
Primeiro porque Sócrates anula a liberdade de expressão, depois porque a própria Casa Civil da Presidência da República desmente o sempre vero Mário Crespo, o mesmo que utiliza camisolas com dizeres insultuosos na casa da Democracia.
Primeiro porque controla os jornais, rádios e televisões, depois porque não se pode saber quem os controla.
Shame on you all!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Obama

Obama recebe Dalai Lama em Washington. Independentemente dos protestos da China. Se toda a comunidade internacional assim se comportar...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Artigo de Opinião Fevereiro Região Bairradina

I. António Guterres, há não muitos anos, disse com razão vivermos num pântano!
Não obstante o Procurador-Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça terem declaradas nulas as transcrições das intercepções telefónicas de algumas conversas particulares mantidas entre o Primeiro-Ministro e algumas pessoas amigas, além de não conterem quaisquer fundamentos sequer indiciadores da prática de crimes, alguma comunicação social, acompanhada por alguns partidos da oposição parlamentar, insiste em querer derrubar José Sócrates de uma forma ínvia e criminosa, não se coibindo de desrespeitar decisões judiciais (providências cautelares) que, pasme-se!, nem sequer são potenciadas por actos do Partido Socialista ou do Governo...O triunvirato Manuela Mora Guedes-José Eduardo Moniz-Mário Crespo continua a sua senda cavalgante, tudo fazendo para descredibilizar e derrubar José Sócrates. Auscultados os directores de rádios e de diários de referência nacional e responsáveis económicos de grupos de comunicação social e telecomunicações, todos são unânimes em dizer que não sofreram pressões, que não sofreram interferência nas linhas editoriais, que não existem "jornalistas amigos"; e mesmo assim um grupo de iluminados insiste que não existe liberdade de expressão e de imprensa - ou será que apenas existe liberdade se houver crítica ao Governo que ultrapasse os limites da decência? Quando até se chega ao ponto de publicar que Luís Figo recebeu 750 mil Euros para tomar o pequeno-almoço com José Sócrates...Sintomático...
Portugal chegou a um ponto tal que até António Capucho, co-fundador do PSD e membro do Conselho de Estado, clama pela substituição do Primeiro-Ministro, aconselhando-o a abdicar da posição, permitindo a continuação da governação socialista mas exigindo eleições logo que tal seja possível...Temos um Presidente da República que não demite, antes reforça os poderes de um seu companheiro de sempre que, com o auxílio de um director de um diário nacional, arquitecta um plano para imputar ao Governo uma tentativa de levar a cabo escutas em Belém, denunciado por outro jornal e não desmintido pelos envolvidos...
Um candidato à liderança do PSD, no Parlamento Europeu!, toma a palavra para dizer que Portugal não é um Estado de Direito, que não existe liberdade de expressão, que falha a moral na condução dos destinos do país. E fê-lo como forma de lançar a sua candidatura à liderança interna do partido, não lhe tendo causado qualquer prurido pôr em cheque o nosso país, acossado já pelas declarações (mais do que infelizes, irresponsáveis) de Joaquin Almunia, comissário europeu que comparou Portugal à Grécia e fez com que as agências de rating, que actualmente definem o preço do dinheiro, colocassem Portugal na lista negra, definindo-o como um país de risco. O PSD, que deveria ser um partido charneira da nossa Democracia, oposição responsável, está entregue a um trio de luxo: Pedro, Paulo e José, todos eles com opositores internos declarados, mais lestos que qualquer apoiante (excluindo José manuel Ribeiro, que a seu tempo lançou a vaga de fundo de Paulo rangel na Cúria...).
Isto é que é conviver mal com a Democracia!
António Costa, com toda a razão, exigiu serem os partidos da oposição consequentes: apresentem uma moção de censura!
II. Um grupo de cidadãos da freguesia de Tamengos decidiu tomar em mãos a defesa dos interesses dos seus concidadãos e apresentou, perante o órgão oficial e no período de consulta pública, um documento expressando o repúdio pela solução proposta, relativamente à autarquia local, para a passagem do TGV. É de elogiar tal iniciativa, demonstrativa que a política não se resume a ideologias plasmadas em papel e a alegados fundamentalistas, mas se manifesta nas formas mais directas, simples e metariais, como é o caso de uma freguesia que veria (como algumas vizinhas) o seu território esventrado por uma infra-estrutura que poria em cheque pessoas e bens. Estamos parante a eterna questão interessa particular/interesse público: o projecto da rede de alta velocidade ferroviária permitirá diminuir a situação periférica de Portugal, ligando-o a uma rede de dimensão e interesse europeu, com vista à eliminação de barreiras reais na circulação de pessoas, bens e ideias. Certamente haverá centenas de portugueses cujos bens, mesmo habitações e negócios, ficarão em cheque com os corredores opropostos (a nível municipal, pelo menos dois produtores - Quinta do Encontro e Campolargo - verão a sua mancha produtiva afectada com um dos corredores propostos), mas em muitas situações o interesse público terá que sair priveligiado; o projecto é para seguir, mesmo que a um ritmo mais lento do que o definido pelo anterior Governo, a atribuição de verbas comunitárias uma realidade e o compromisso internacional do Estado português algo de demasiado sério para, de forma leviana, ser rejeitado como princípio.
Esta é uma matéria de relevante interesse municipal, que deverá mobilizar todas as estruturas politico-partidárias locais, Município e Freguesias, além do mapa associativo de Anadia, pondo de parte as naturais diferenças ideológicas e formando uma frente comum na defesa dos interesses dos munícipes.
III. Pedro Vaz brindou-me com algumas palavras na edição anterior; parece-me contraditório não deverem ser discutidos em público assuntos internos e conceder entrevistas a jornais (se merece crítica, porque o fez?) e é pena que internamente não tenha sido dado o encaminhamento devido e pedido à questão; lamento que o chilrear de pássaros gordos da praça pública (que vivem em gaiolas pintadas de dourado) lhe tenha chegado truncado, impreciso e falso, como é regra. Quanto à avaliação psicanalítica falha em cheio o alvo (não se pode ser bom em tudo...) e esquece a diferença entre o sucedido (os membros apresentaram as suas demissões de seus cargos) e o que lhe fizeram chegar (não fui demitido, aqueles demitiram-se, o exacto oposto!).
Estranho deveras a oportunidade de tais palavras, decorrido que está mais de um ano, sobretudo existindo actualmente uma relevante decisão dependente da estrutura local do PS, relativa à formalização da minha militância política e ideológica - que se não cinge a nível local e que está muito acima deste - e que deve ser tomada com completa isenção, tranquilidade e seriedade.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Conselheiro de Estado

António Capucho é conselheiro de Estado. António Capucho defende a substituição de José Sócrates como Primeiro-Ministro e a sua substituição por outra figura do Partido Socialista. António Capucho, porque este é o momento de "segurarmos as pontas", defende que deverão ser convocadas eleições logo que o momento político-económico seja propício.
Cavaco Silva é Presidente da República: demitirá um conselheiro de Estado que se permite a estas considerações?

Somente há 20 anos!

Há 20 anos atrás Madiba (como carinhosamente os sul-africanos tratam nelson Mandela) era libertado da prisão de Victor Verster (a terceira paragem carcerária, após Robben Island e Pollsmoor), após 27 anos de reclusão.
Hoje com 91 anos e uma saúde frágil, Mandela continua e sempre será um referente para todas as gerações, conseguindo granjear inclusive a admiração e respeito de seus antigos carcereiros e opositores.
De Klerk, co-premiado com Mandela com o Nobel da Paz, contra as palavras de seus apaniguados mas percebendo os ventos da história, abríu caminho com Madiba para o fim do regime segregacionista sul-africano, baptizado de apartheid.
Apenas vinte anos nos distam de tão marcante data: lembro-me que estava almoçando em casa de minha avó e que a emissão normal de televisão parou (penso que era o "Sting Ray"..) para mostar em directo o momento em que a multidão, exultante, acolhia o seu líder moral e espiritual.
Apenas 20 anos nos distam de um regime que impedia o acesso de não caucasianos aos melhores empregos, às condições básicas de solidariedade humana, votando-os a uma vida de completa miséria.
Muito grave é também perceber que, embora alterado o alvo, a ostracização continua a ser feita: em função da religião, da cor, da sexualidade, das opiniões políticas e partidárias, em função da idade ou formação académica.
Somente há 20 anos...E ainda hoje...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ei-lo, cavalgando a onda que depressa se esvairá na areia...

Paulo Rangel lançou ontem a sua candidatura à liderança do PPD-PSD, após o ter feito Pedro Passos Coelho e, dizem os mentideros, se preparar Aguiar Branco para fazer o mesmo.
Rangel foi igual a si próprio, na senda das envergonhantes e vexantes palavras proferidas no Parlamento Europeu: "o futuro das gerações seguintes está sequestrado", "é preciso curar, condição para libertar o futuro dos encargos até aqui definidos pelos 15 anos de políticas socialistas"; encabeça Rangel, nas suas palavras, "um movimento político...para lavar a honra da nossa democracia".
Depois de um São Pedro, eis que surge São Paulo! E parece que se segue São José...

Bons sinais?

A procura de obrigações portuguesas (títulos de dívida pública a 10 anos) foi mais de quatro vezes superior ao vendido (13 mil milhões de procura, 3 mil milhões vendidos).
Portugal é, neste momento (na véspera a situação era quase diametralmente oposta, mas bastou a agência Moody referir que Portugal não partilha os problemas da Grécia, não precisando de ser ajudado ou resgatado), o país em que os cds a 5 anos mais descem (181,67, descida de 22,7), estando também em queda os cds a 10 anos .
Nos títulos da dívida pública a 10 anos, que se encontram com um spread base de 140 pontos, verifica-se que está 20 pontos acima do valor a que as obrigações dio tesouro com maturidade em 2019 apresentam.
Conclusão: Almunia, responsável europeu pela pasta das finanças, deve rever rapidamente a matéria...Mas são visíveis os prejuízos (pagar um seguro 20 mil Euros mais caro por cada 10 milhões afasta, como óbvio, mais interessados!).
Reino Unido e França subscreveram quase 40% das obrigações; seja, e mais uma vez, os colossos financeiros europeus (Alemanha na Grécia é outro sinal) voltal a sair beneficiados!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

O diploma que introduz a possibilidade de casais formados por pessoas do mesmo sexo poderem contrair caamento civil foi hoje aprovada na especialidade na Comissão de Assuntos Constitucionais e a votação final será amanhã.
E Cavaco Silva, o que fará? E o que dirá o Tribunal Constitucional, sobretudo quanto à impossibilidade de estes casais não poderem adoptar em conjunto mas um dos seus membros o poder fazer individualmente?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Procurador-Geral da República

Começando a ganhar a tendência do seu predecessor, Souto Moura, com entrevistas de vão de escada, finalmente Pinto Monteiro, hoje e na Assembleia da República, pôs fim ao regabofe da comunicação social.
"Eu não abro inquéritos políticos".
Infelizmente a maioria não percebe...

Mais do que injustificado, deploráveis!

As declarações de Paulo Rangel, o "D. Sebastião" desejado por alguns sectores do PSD, na sessão plenária do Parlamento Europeu: "Sócrates tem que explicar que não está a dominar, a saciar, a censurar a liberdade de expressão em Portugal", "Pela forma que estamos a andar, Portugal já não é um Estado de Direito, é um Estado de Direito formal onde o Primeiro-Ministro se limita a formalidades, a procedimentos, a formalismos e não quer dar explicações substanciais".
Seja, Rangel denunciou aquilo que entende ser um plano do Governo para controlar a imprensa, referindo ainda que quer para Portugal um "Estado de Direito material".
Vergonhosa actuação!

E a piorar...

Portugal é o segundo país do mundo no qual os cds mais sobem, a seguir à Bulgária.
O spread a 5 anos é agora de 235 (aumentou, há poucos dias era de 227), seja, por cada 10 milhões de Euros aplicados em títulos da dívida pública portuguesa a 5 anos os investidores têm que pagar um seguro anual de 235 mil Euros, o que afasta a procura dos mesmos), sendo o da Espanha de 164,67 (aumento ligeiro) e o da Grécia de 405 (ligeira diminuição).
A 10 anos o spread português é a 163,5, o de Espanha a 101,2 e o da Grécia de 360,8 (ligeira diminuição).
As declarações de Almunia são injustificadas e alarmistas, e Portugal (sobretudo) e Espanha é que sairam (saem...) prejudicados.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

E volta à carga...

Mário Crespo.
O mesmo que diz fazer entrevistas; o mesmo que hostilizou um membro do actual governo aquando de uma denominada entrevista que mais não foi que um cerrado ataque ideológico de alguém que, de acordo com o estatuto profissional, deveria ser imparcial.
E agora? Mente Crespo ou mente Nuno Santos?
Mário Crespo costuma apresentar notícias sussuradas ao ouvido, sacadas de conversas de café, regadas?
É Mário Crespo; continue assim...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

E as consequências...

O risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos (spread) é de 162 em Portugal (valor exponenciado pelas declarações de Almunia), 100 na Espanha e 368 na Grécia.
Quanto a cds (credit default swaps) sobre as Obrigações do Tesouro a 5 anos temos Portugal com cds de 227, Espanha com 168 e a Grécia com 421.
As declarações de Almunia produziram nefastos efeitos; mas atenda-se às abissais diferenças para perceber o exagero.
Por muito que responsáveis da UE digam que a Zona Euro não está em risco, os mercados absorveram as primeiras declarações; e Portugal é que paga...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Trés irresponsable!

Joaquin Almunia irá custar o emprego a milhares de portugueses: com as suas declarações, descabidas (confronte-se o défice externo de 80% de Portugal e de 120% da Grécia, a taxa de desemprego português de 10,3% com a de mais de 18% de Espanha...), fez com que o preço do dinheiro, para Portugal, subisse em flecha.
As declarações de Teixeira dos Santos são reais: o país fica à mercê das mesmas "aves de rapina" que são um dos algozes do sistema financeiro mundial.
E irresponsáveis são também, a outro nível, os deputados na Assembleia da República que dizem que mais 80, menos 80 milhões para a Madeira não são importantes; importante será, decerto, um novo estádio de futebol - já as obras públicas não têm relevância alguma...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Artigo de Opinião Janeiro RB

I. A entrevista que concedi ao RB em Dezembro de 2009, comentando o estado do PS e JS locais, espoletou uma onda de críticas, na maioria anónimas na assinatura (ou não...). Conversei com alguns dos críticos (embora se me tenham dirigido apenas após a crítica...) que, de forma intelectualmente honesta, têm que reconhecer que nada do que foi dito diverge da realidade.
Infelizmente vejo que Anadia muito tem a caminhar: em municípios vizinhos é norma o diálogo interno, os actores políticos e partidários expõem publicamente as suas ideias, discutem-nas com todos os que os rodeiam, mesmo que deles discordem. Existe vontade de debate, abertura à diferença, desejo de refundar instituições e reforçá-las, permitindo encarar o futuro com optimismo.
Existe uma pujante comunidade anadiense na blogosfera: orgulho-me (blogue Política com Alma) de fazer parte do mais democrático dos espaços, com uma saudável diversidade de conteúdos, opções e opiniões, mostrando muito do que melhor se faz em e por Anadia. São diversos os blogues de realidade política local (sem desprimor dos restantes destaco Anadia 100 gente, que destaca todos os blogues locais e regionais), mas todos se deparam com a triste realidade do anonimato nos comentários. Algumas pessoas, pelos conteúdos que transmitem e posições que ocupam, podem sofrer duros reveses caso se identifiquem, mas não me parece ser a melhor opção. Já referi que o anonimato é o escudo dos cobardes: daqueles que, escondendo a real face, insultam, mentem, distorcem; que desmerecem a oportunidade que lhes é dada de poderem contribuir para a discussão das questões que dizem respeito a todos nós.
Temos que trabalhar para que todos dêem não apenas a cara e o nome, mas também o seu contributo activo; na blogosfera como (de forma cada vez mais premente) na sociedade local.
II. Uma palavra de parabéns para o Museu do Vinho da Bairrada: invejável a qualidade das exposições que passam por este espaço, que merece ser destacada. É um oásis no meio do deserto que é a política e actividade cultural de Anadia. Tem que ser absolutamente repensada a denominada política, as suas bases: ninguém, de forma honesta, pode afirmar que neste município a cultura é uma prioridade, um anseio geral da população. Mas existem decisões que têm que ser tomadas e apenas produzirão efeitos a médio-longo prazo; e quanto mais são adiadas piores serão as consequências. Ou desejam uma massa amorfa e sem espírito crítico?!
III. Não existe Conselho Municipal da Juventude em Anadia. Mesmo com a sua imposição legal em Setembro de 2009, assobia-se para o lado! As juventudes partidárias, teóricas defensoras dos interesses dos munícipes (surtout da população juvenil e infantil) nada fazem para que o poder político (não apenas o PSD, mas também as estruturas socialistas e comunistas locais - tenho que saudar o CDS-PP por ter levado a questão a Assembleia Municipal) institua tal órgão, que (saibam os seus membros dignificá-lo) aproximará os jovens da tomada de decisões e as decisões das suas reais necessidades. Saúdam-se as palavras do novo líder da JSD Anadia, clamando pela sua criação, sendo imprescindível que seja seguido pela JP e JS Anadia. Nao pondo em causa o desejo que mostram todas as estruturas em actuar em áreas que todos reconhecem como basilares, ainda mais a nível local, serão as vias que têm escolhido as melhores? Porque são poucas as propostas e raras as actividades viradas para a população?
Não falta matéria humana de qualidade (em Anadia temos jovens de grande valia intelectual, com provas dadas, com ideias, com projectos), a forma de a explorar é que não tem sido a melhor; independentemente das diferenças ideológicas e filosóficas, o trabalho em comum daquelas estruturas tem que ser uma realidade e esta questão é vital. Tem que haver união!
IV. Foi aprovado a 8 de Janeiro, na Assembleia da República, o diploma que permitirá o casamento entrre pessoas do mesmo sexo. Sempre defendi a eliminação da situação de desigualdade de direitos em função da orientação sexual, pelo que me regozijo por ter sido dado este passo; por vezes o Direito e a Lei têm que ser mais rápidos do que a mudança de mentalidades...Não critico aqueles que discordam da solução ou exigem um referendo (não são homofóbicos, nem os defensores da solução adoptada são os paladinos da Democracia e dos direitos fundamentais); não entendo, porém, aqueles que o afirmam como contra natura (com a ridícula expressão da "porca e do parafuso") ou que o casamento tem que visar a procriação (e os casais inférteis e todos aqueles que entendem que a parentalidade não é o seu objectivo de relação?). Respeito aqueles que invocam a igualdade material e que dizem que a união civil registada garantia o mesmo. Mas porquê impedir duas pessoas que se amam, que desejam uma vida em comum, de se casarem? E porquê impedir essas duas pessoas, do mesmo sexo, de poderem adoptar uma criança necessitada de afecto? Os heterossexuais podem fazê-lo e os homossexuais apenas sonhá-lo? E se o leitor responder, e porque não? Porque não pode António Costa, depois de abrir os casamentos de Santo António a estes casais, recuar perante a ameaça de não patrocínio pela Igreja Católica? Falta mais e melhor diálogo - que felizmente haverá!
V. Desejo um bom trabalho a João Silva, que será eleito a 30 de Janeiro líder da Federação de Aveiro da Juventude Socialista, culminando um percurso de vários anos, os últimos dos quais tratando de todos os aspectos organizativos da estrutura. O Camarada ideal para continuar o legado de Pedro Vaz, que se despede, no calor do seu lar e rodeado pelos seus colegas.
VI. É normal que qualquer organização permita aos seus membros a consulta das actas que atestam as suas actividades e decisões. Imagine o leitor, membro de uma organização, que após muitos meses de pedidos, com inúmeras missivas dirigidas à responsável, vê rejeitada tal consulta com a invocação da impossibilidade de presença física na sede da organização e vê a desculpa ser alterada para a existência de uma deliberação impeditiva da exibição, que não lhe é comunicada ou mostrada. Imagine que se chega ao cúmulo de procurar justificar a recusa com o conteúdo de uma entrevista concedida. Custa a imaginar? mas é verdade. E continuo a não poder consultar as actas...