Após o homicídio de Eugène Terre'Blanche, líder da extrema-direita afrikander, espancado até à morte por dois jovens trabalhadores negros que se sentiram escravizados por não receberem condignamente, a África do Sul volta a viver um período de forte instabilidade social: se é certo que a minoria afrikander, por si só, não significa uma inevitabilidade que possa denegerar numa guerra civil, como alguns profetizaram (e desejam...), certo é que os sentimentos colonialistas podem ressurgir, abrindo uma brecha numa reconciliação nacional que deixou algumas feridas profundas, mais do lado de quem perdeu o incontestado poder.
Um boerstaat, um Estado Branco, excludente dos direitos da população não caucasiana, não será viável; mas a semente que o sonho de tal Estado configura é demasiado pergosa para ser tomada com leviandade...
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