sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago

Além do enorme escritor, perde-se um livre pensador: nunca se deixou encurralar pelo politicamente correcto, não se coibindo de expôr suas ideias e ideais sem falsos pudores, não lhe interessando criar hordes de apaniguados sem espinha.
As obras sobrevivem ao decesso de seus autores. A de Saramago é referencial.

5 comentários:

  1. Tudo bem que o Saramago foi um grande Homem e que contribuiu muito para este Portugal.
    Mas calma lá!...
    Também é verdade que o "livre pensador" pode e deve ser referência em algumas coisas mas escrevia de forma a ter negativa a Gramática.
    Este senhor teve pudores e muitos, alguns deles até bastante mediáticos.
    Quanto à exposição das suas ideias, por vezes (acredito) nem seriam as suas ideias, mas as ideias para vender. Assistimos recentemente àquela vergonha que ele fez para vender Caim.

    De qualquer forma, acredito que esteja junto do Criador...

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  2. Quanto à gramática, é um estilo de escrita.
    Quanto à vergonha, colocam-se várias questões: vergonha é a dos marketiers que venderam o livro pelo que não era, vergonha é dos fundamentalistas que o criticaram pelo que nunca foi, vergonha é José Saramago ser um profundo e puro Humanista?
    No que ao Criador diz respeito...

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  3. Parece-me que a opinião do Sérgio Bandeira está um pouco impregnada de uma religiosidade "bacoca" toldada por um visualismo de pensador oprimido.
    Quanto à questão gramatical que refere, a mesma não se pode colocar porque é meramente uma questão de estilo, apenas admissível aqueles que dominam a arte da ESCRITA.
    Pelo que conheço de Saramago, as suas ideias jamais foram ideias comerciais. Só as considerarão como tal, aqueles que as observam através de um espartilho inquisitorial que tresanda a mofo e suores pedófilos.

    Maria (sem ser Virgem)

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  4. Não vou cair no erro de comentar a assinatura da mesma forma extremista, exagerada e contraditória ao que a comentadora falou de mim, senão...

    Já agora, porque nota-se que não domina a arte da ESCRITA, "àqueles" tem acento.

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  5. Obviamente que é um estilo de escrita, mas errado, como é óbvio.
    Provavelmente, quando Picasso ou Salvador Dali criaram as suas obras de arte, também não seguiam as regras, logo era errado segundo as correntes da época.
    Com Saramago pode acontecer a mesma coisa e, mais tarde, ser considerado uma corrente, um estilo consesual ou até padrão... não sei...

    Foi uma forma inteligente de utilização dos meios de comunicação social em proveito próprio, dinheiro e tempo das televisões, rádios e jornais com um único propósito: vender mais livros. E muito bem. Volto a dizer, foi inteligente. É assim que estão os mercados, a sociedade, as pessoas. Os valores, o respeito pelo outro não interessam e a usurpação dos meios comuns é tolerada e venerada. Muito bem. Continuemos.
    Continuo a achar que foi uma vergonha, mas... é só a minha opinião e respeito a dos outros, mesmo daqueles que não respeitam a minha.
    Obviamente que à volta de vergonha, andam outras, sem dúvida...

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