Os resultados são esclarecedores:
Cavaco Silva ganhou de forma maciça (parabéns ao vencedor, que teve mais votos que os restantes juntos, embora sendo o Presidente eleito com menor percentagem de votos, com menos votos e com candidaturas à sua esquerda!), Alegre teve uma péssima votação, Nobre conseguiu mais votos que o esperado, Lopes segurou o eleitorado do PCP, Coelho teve um resultado absolutamente louco, Defensor Moura conseguiu ser o segundo mais votado em Viana.
A taxa de abstenção foi elevadíssima: mesmo com as dificuldades informáticas relacionadas com a leitura de dados dos cartões de cidadão, percebe-se que a forma como a campanha decorreu contribuiu decisivamente para uma taxa inadmissível; às 16 horas nem 40% dos eleitores tinha votado!
Não se consegue compreender o discurso de Paulo Portas, a extrapolar os resultados para a necessidade de castigar o Governo. Não se compreende o discurso de Nobre, dizendo que a sua era a candidatura vitoriosa. Não se compreende a rábula da impugnação das eleições entre o jornalistada SIC e Coelho. Não se aceita (compreende-se bem, estão a tentar cavalgar a onda antes de implodirem...) que a Direita se tenha esquecido qual o objectivo destas eleições e que procurem alargar os poderes presidenciais e alterar o regime nacional...
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