Criticam-lhe, desde logo, o nome: se caminha para a estabilização, nada contribui para o crescimento.
Muitas das medidas não são populares, originarão protestos, mais orquestrados por certos sectores político-partidários e sociais do que popularmente nascidos.
Poderá ser criticado porque algumas das medidas pecam por tardias.
Não obstante, mesmo em termos de solidariedade social, parece-me em traços largos um documento equilibrado, com algumas bandeiras cujo impacto não será muito relevante (novo escalão máximo de IRS, por exemplo), com outras justíssimas (aumento da carga fiscal no sector bancário), procurando um esforço hercúleo no que à redução da despesa pública, maxime corrente, diz respeito. Embora socialmente mal vista, concordo uma declaração de Pedro Passsos Coelho: porque não ir mais longe e, no que à substituição de trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas diz respeito, aumentar a ratio 2:1?
De notar um ponto: lamenta-se novamente que a esquerda parlamentar, mais preocupada em apear o Partido Socialista do poder legal e eleitoralmente conferido pelos portugueses, dispare as habituais frases feitas. Perde a Esquerda, perde Portugal.
Os sacrifícios são uma realidade. Infelizmente acordámos tarde para a realidade. Será importante todos fazermos o melhor possível para que surta efeitos, não apenas até 2013, mas para o futuro.
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